NOME CIENTÍFICO: Psidium cattleianum.
NOME POPULAR: Araçá-vermelho, araçá-rosa, araçá-de-comer, araçá-de-coroa, araçá-da-praia, strawberry guava (Estados Unidos), Waiawi ulaula (Havaí).
Significados: Araçá em tupi-guarani: “fruto que tem olhos.
FAMÍLIA: Mirtáceae.
CICLO DE VIDA: Perene.
ORIGEM: Brasil.
PORTE: Até 4 metros de altura.
FOLHAS: Medem até 10 cm de comprimento, por 6 cm de largura, quando jovens de cor avermelhada, passando depois para verde escuro.
FLORES: De tamanho pequeno, brancas e perfumadas, com florada principal entre os meses de outubro e novembro, mas ocorrem em outras épocas do ano.
FRUTOS: De coloração vermelha, formato arredondado , medindo entre 2 a 4 cm de diâmetro. Entre os meses de janeiro e fevereiro os frutos amadurecem, mas também podem ocorrer em outras épocas do ano.
TRONCO: Liso e de cor clara, semelhante aos da goiabeira.
LUMINOSIDADE: Sol pleno.
ÁGUA: Quando jovem regue de 2 a 3 vezes por semana, diminuindo nos dias mais frios, depois de adulta só não deve ser esquecida em estiagem prolongadas.
CLIMA: Quente, mas tolera um pouco de frio.
PODA: Podem ser feitas podas para conduzir a planta em forma de arvoreta, e também retirar brotos que vão nascendo.
CULTIVO: É uma planta bastante rústica, não necessita de maiores cuidados.
ADUBO: Se desejar ter frutos maiores e uma planta mais saudável, coloque anualmente esterco de curral bem curtido e se for adepto de adubo químico aplique a cada 3 ou 4 meses 100 gramas de NPK, fórmula 10-10-10.
UTILIZAÇÃO: Além do pomar caseiro, pode ser utilizada em praças e jardins públicos e também é indicada para quem gosta de frutíferas cultivadas em vasos.
NOTA: O Araçá é rico em vitamina C, com uma percentagem 4 vezes maior que as frutas cítricas.
PROPAGAÇÃO: Por sementes e por estaquia.
Características: É uma arvoreta de 4 a 6 m de altura quando cultivada, chegando a atingir 15 a mais raramente 30 m de altura quando no meio da mata. A copa é arredondada, densa e pequena. O tronco é cilíndrico e retilíneo (reto direito), com ritidoma (casca) lisa, de cor amarelo avermelhado, e uma vez por ano a casca se desprende em placas papiráceas (como tiras de papel) mostrando a casca interna que é alaranjada e/ou castanho amarelado. Os ramos jovens são glabros (sem pelos) e cilíndricos com casca castanha. As folhas são simples, opostas, cartáceas (como cartolina), e obovadas (com forma de ovo invertido, com a parte larga no ápice), fixada por pecíolo (haste ou suporte) longo (de onde se originou o nome cientifico), medindo de 1,2 a 2 cm de comprimento. O limbo (tecido foliar) mede 4,5 a 10 cm de comprimento por 2,5 a 5 cm de largura. A base é aguda ou cuneiforme (com forma de cuia) e o ápice é arredondado e mucronado (com ponta curta) ou acuminada (ponta longa) em folhas jovens. A flor aberta é branca, fragrante e mede 1,5 cm de diâmetro, facilmente diferenciada de outras espécies de Psidium por ter pedúnculo (haste ou suporte) de 2 a 4 cm de comprimento. A flor é formada por cálice (invólucro externo) com 4 a 5 lobos ou recortes de 3 a 4 mm de largura e 1,5 mm de altura. A corola é formada por 4 ou 5 pétalas brancas e obovadas de 3 a 6 mm de comprimento. Os frutos são bagas subemisféricas arredondadas de 2,5 a 3,8 cm de diâmetro com casca roxo vermelha intensa quando totalmente madura. A polpa é branca, acidulada, envolvendo sementes angulosas reniformes (forma de rim) de cor creme, com 2 a 4 mm de comprimento.
Dicas para cultivo: É de fácil cultivo, embora seja de clima subtropical, se adapta a diversos tipos de clima e solo. Pode ser cultivada desde o nível do mar até 2.000 m de altitude, aceitando índices de chuvas que podem variar de 1.200 a 2.500 mm anuais. Essa espécie prefere solos cambissolos (arenosos e ricos em matéria orgânica, planossolos (terras argilosas ou barrentas) e latossolo (terra vermelha ou terra amarelada), que sejam bem drenados, profundos e com boa fertilidade natural e tenham pH variando de 5,5 a 6,2. É resistente a mínimas de até – 4 graus e a 5 ou 6 meses de seca, suportando também um breve período de encharcamento ou enchentes.